Enquanto o comércio vibra com medidas de estímulo ao consumo que prometem impulsionar as vendas neste fim de ano, os hotéis do Rio Grande do Norte esperam que o período seja "o pior da década". Uma mostra do pessimismo é apontada em pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Estado (ABIH RN), realizada junto a 40 hotéis localizados em Ponta Negra, na Via Costeira, na Praia do Meio e em Pipa. De acordo com o levantamento, haverá queda de no mínimo 20% nas taxas de ocupação em dezembro, em relação à média anual. Em relação ao mesmo período do ano passado - quando a média no mês foi de 85% de leitos ocupados - a redução projetada é de no mínimo 15%
Para hoteleiros, taxa de ocupação será, no mínimo, 15 por cento menor que a do mesmo período de 2010 |
"Teremos o pior Reveillon dos últimos dez anos", desabafou o diretor comercial e de marketing do hotel Ocean Palace, Ruy Gaspar, por meio do microblog Twitter. O desempenho será registrado, segundo ele, em um segundo semestre já "catastrófico", com taxa de ocupação média de 53% - abaixo dos 57% registrados nos primeiros seis meses do ano. "E o segundo semestre, historicamente, é em torno de 20% a 30% superior ao primeiro", calcula.
A falta de uma campanha agressiva de divulgação do destino é apontada como principal razão da desaceleração . "Enquanto o RN é pouco divulgado, outros estados como Ceará, Pernambuco e até a Paraíba ganham cada vez mais força", diz o gerente financeiro do hotel Parque da Costeira, Flávio Alexandre de Pontes e Silva.
O presidente da ABIH RN, Habib Chalita, reforça o coro de que o problema é a falta de uma política constante e mais forte de divulgação do estado. O dólar, que favorece viagens a outros países, segundo ele, não foi suficiente para atrapalhar a média ocupacional no ano, puxada pelos brasileiros. A crise no exterior também não, considerando que é o fluxo nacional e não internacional que vem sustentando o movimento no setor.
O resultado do que chamam de pouca agressividade em promoção tem sido menos movimento nos estabelecimentos e, reforçam, nas diversas atividades que faturam mais com a chegada de turistas. Para se ter ideia do cenário nos hotéis, o Ocean Palace - que no ano passado já estava lotado no início do mês - está hoje com metade dos leitos preenchidos. "O que vendemos foi para o público brasileiro, mas agora não está mais havendo procura", conta o diretor, Ruy Gaspar.
No Parque da Costeira, o movimento também está fraco. "Temos uma perspectiva de ocupação em torno de 50% para o Reveillon. Geralmente alcançamos esse índice entre outubro e novembro, mas este ano isso não aconteceu", diz o gerente. Nem a redução no valor da diária, que segundo afirma chega a 20% em relação ao ano passado, tem aquecido a procura.
No Hotel Rifóles, em Ponta Negra, a taxa de ocupação, que chegou a 95% em 2010, agora está em torno de 50% e as perspectivas para os próximos dias não são tão promissoras. "Se chegarmos a 70% estaremos satisfeitos porque quem compra Reveillon compra com antecedência e acreditamos que as vendas para o período já foram feitas", diz o diretor, Geraldo Magela. Para os hoteleiros, em curto prazo não há mudança prevista no cenário. Eles esperam, entretanto, garantir uma fatia a mais de recursos para divulgação no próximo ano, por meio de emendas parlamentares.
O secretário estadual de Turismo e presidente da Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur), Ramzi Elali, foi procurado no final da tarde de ontem para falar sobre os investimentos em divulgação e o cenário que se desenha, mas participava de uma reunião e não atendeu nem retornou as ligações.
A falta de uma campanha agressiva de divulgação do destino é apontada como principal razão da desaceleração . "Enquanto o RN é pouco divulgado, outros estados como Ceará, Pernambuco e até a Paraíba ganham cada vez mais força", diz o gerente financeiro do hotel Parque da Costeira, Flávio Alexandre de Pontes e Silva.
O presidente da ABIH RN, Habib Chalita, reforça o coro de que o problema é a falta de uma política constante e mais forte de divulgação do estado. O dólar, que favorece viagens a outros países, segundo ele, não foi suficiente para atrapalhar a média ocupacional no ano, puxada pelos brasileiros. A crise no exterior também não, considerando que é o fluxo nacional e não internacional que vem sustentando o movimento no setor.
O resultado do que chamam de pouca agressividade em promoção tem sido menos movimento nos estabelecimentos e, reforçam, nas diversas atividades que faturam mais com a chegada de turistas. Para se ter ideia do cenário nos hotéis, o Ocean Palace - que no ano passado já estava lotado no início do mês - está hoje com metade dos leitos preenchidos. "O que vendemos foi para o público brasileiro, mas agora não está mais havendo procura", conta o diretor, Ruy Gaspar.
No Parque da Costeira, o movimento também está fraco. "Temos uma perspectiva de ocupação em torno de 50% para o Reveillon. Geralmente alcançamos esse índice entre outubro e novembro, mas este ano isso não aconteceu", diz o gerente. Nem a redução no valor da diária, que segundo afirma chega a 20% em relação ao ano passado, tem aquecido a procura.
No Hotel Rifóles, em Ponta Negra, a taxa de ocupação, que chegou a 95% em 2010, agora está em torno de 50% e as perspectivas para os próximos dias não são tão promissoras. "Se chegarmos a 70% estaremos satisfeitos porque quem compra Reveillon compra com antecedência e acreditamos que as vendas para o período já foram feitas", diz o diretor, Geraldo Magela. Para os hoteleiros, em curto prazo não há mudança prevista no cenário. Eles esperam, entretanto, garantir uma fatia a mais de recursos para divulgação no próximo ano, por meio de emendas parlamentares.
O secretário estadual de Turismo e presidente da Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur), Ramzi Elali, foi procurado no final da tarde de ontem para falar sobre os investimentos em divulgação e o cenário que se desenha, mas participava de uma reunião e não atendeu nem retornou as ligações.
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