Amanhã 14/12, os dez delegados regionais ameaçam pedir demissão, caso o Governo do Estado não convoque os 509 policiais civis concursados e treinados há mais de ano.
Vão pedir exoneração dos cargos de delegados regionais porque cada um é responsável por mais de uma dezena de delegacias. É humanamente impossível dá conta.
Devido a esta falta de pessoal e de estrutura, dezenas de casos ficam sem investigação como deveria. É o caso do professor Carlos Magno, de Pau dos Ferros. Não andou.
Em Mossoró também são centenas de investigações de homicídios que ou estão paradas e/ou concluídas de forma precária, o que só beneficia o assassino e proporciona mais homicídios.
Mesmo diante de toda a necessidade, o governo meteu o pé no chão e já avisou que não vai convocar. Talvez alguns poucos, algo insignificante para a necessidade do RN.
Porém, tem mais. Não adianta só convocar os policiais civis. É preciso que sejam dadas as condições de trabalho a eles, inclusive suporte de perícia forense, que no RN não existe.
A Governo do Estado aposta numa política de segurança perigosa, que consiste em colocar PMs nas ruas sem o suporte de Polícia Civil, ou seja, a PM está só enxugando gelo.
Em Mossoró virou uma espécie de guerra: num dia assaltantes matam um empresário por motivo fútil, no outro a PM se ver obrigada a matar um em confronto.
E todo este cenário se formou diante da ausência do Estado nos últimos dez anos, não investigando como deveria, não prendendo direito, não condenando e não punindo, proporcionando impunidade, injustiça... gerando novos assassinos e novos homicídios.
O Governo Rosalba não é culpado pelo início desta matança em Mossoró, Assu e nas cidades ao redor de Natal, mas é por deixar continuar.
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