Uma
operação policial, com participação das Policias Civil, Militar e do
Ministério Publico Estadual, iniciada na manhã desta quarta-feira (1),
desarticulou a ação de vários agiotas que atuavam no município de Apodi,
acusados de praticarem os crimes de usura (agiotagem e retenção de
cartões de aposentados, pensionistas e beneficiários do Programa Social
Bolsa Família).
Os
policiais apreenderam grande quantidade de promissórias, cartões de
aposentados, pensionistas e Bolsa Família, além de cheque em nome de
terceiros
Na operação batizada de "Cartão de Visita" foram presos:
Francisco Edivan Mota Moraes, Francisco Genilson de Morais, Ednaldo
Moreira Galvão e Antonio Francisco Cortez. Os policiais apreenderam
grande quantidade de promissórias, cartões de aposentados, pensionistas e
Bolsa Família, além de cheque em nome de terceiros. Também foram
apreendidas armas, sendo um revólver, uma pistola 380 e três espingardas
de grosso calibre. Com os agiotas os policiais ainda conseguiram
apreender a quantia de R$ 40 mil.
Segundo o delegado de Apodi,
Renato Oliveira, as investigações tiveram início há cerca de um mês,
quando um morador da cidade procurou a DP do município para denunciar o
esquema de agiotagem. "Iniciamos um trabalho investigativo de crimes
praticados contra aposentados e chegamos a esses agiotas", comentou.
O
trabalho realizado pelos policiais foi baseado em várias denúncias de
aposentados e beneficiários do programa Bolsa Família. Os agiotas faziam
a subtração dos cartões das vítimas para saque do dinheiro a partir dos
benefícios dos programas sociais do Governo Federal.
Os
acusados foram autuados em flagrante por posse de arma, apropriação
indébita, crime contra o sistema financeiro e outro crime previsto no
Estatuto do Idoso.
A polícia continuará o trabalho de combate à
agiotagem, principalmente aos agiotas que estão retendo cartões do Bolsa
Família e do INSS como garantia de pagamento para empréstimos obtidos
pelos beneficiários que se submetem a juros abusivos.
divulgação/degepolTambém foram apreendidas armas, sendo um revólver, uma pistola 380 e três espingardas de grosso calibre.
Os
"agiotas dos benefícios", como são chamados pela polícia, agem de forma
bastante organizada e conseguem atrair muitas vítimas. Ao emprestar o
valor solicitado pelo beneficiário, o criminoso literalmente apreende os
cartões magnéticos de programas como a aposentadoria do Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) e o Bolsa Família, que são entregues
confiscados como forma de garantia do pagamento dos débitos.
A
agiotagem é um crime no Brasil e passível de punição para quem pratica.
Neste caso, com uso dos programas e dos benefícios, a situação é mais
grave. Quem age desta forma está praticando também o estelionato
qualificado. Até o fato do dono de um estabelecimento apreender um
cartão do Bolsa Família ou do INSS como forma de garantia do pagamento é
considerado crime.
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