Depoimento de 'Gilmar da Montana' ao Ministério Público revela que dinheiro foi para campanha-2010
Diário de Natal, Blog do Aílton Medeiros e Redação
A
investigação dos desvio de dinheiro do Detran durante a implantação da
inspeção veicular obrigatória teve novidades ontem com a a divulgação
nas redes sociais, do termo de interrogatório do empresário Gilmar de
Carvalho Lopes (Gilmar da Montana), proprietário da Montana Construções, até então mantidas em sigilo, do processo da Operação Sinal Fechado.
De
acordo com o documento, datado de 24 de novembro de 2011, e assinado
por Gilmar e pelos promotores de Defesa do Patrimônio Público Eudo
Rodrigues Leite e Rodrigo Martins da Câmara, o senador José Agripino
Maia, presidente nacional do DEM, teria recebido em seu apartamento do
Morro Branco, o advogado George Olímpio, acusado de comandar o esquema
de corrupção no programa de inspeção veicular do Detran.
Nesse
encontro, ainda segundo o termo de interrogatório, estava presente o
ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), marido da então
candidata a governador Rosalba Ciarlini (DEM). Eles teriam recebido R$ 1
milhão destinado à campanha eleitoral de 2010. Em espécie e de forma
parcelada, que se diga.
O
nome de José Agripino não constou originalmente da denúncia, porque o
Ministério Público não tem competência para investigar o senador. Por
isso, o depoimento de Gilmar foi encaminhado à Procuradoria Geral da
República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do
procurador geral Roberto Gurgel.
Num determinado trecho do depoimento de Gilmar da Montana, é textualizado o seguinte: “(…) que
George Olimpo também confessou ao interrogando que deu R$ 1.000.000,00
(hum milhão de reais) em dinheiro, de forma parcelada, na campanha
eleitoral de 2010, a CARLOS AUGUSTO ROSADO e JOSÉ AGRIPINO MAIA, que
esta doação foi acertada no sótão do apartamento de JOSÉ AGRIPINO, em
Morro Branco;”.
Veja AQUI
(podendo ampliar) folhas em que aparece esse e outros trechos do
depoente que chegou a ficar preso durante alguns dias, na Operação Sinal
Fechado.
Veja AQUI,
na íntegra, a denúncia do Ministério Público, acatada pela juíza da 6ª
Vara Criminal de Natal, Emanuella Cristina Pereira Fernandes, no dia 1º
de março deste ano.
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