Pará - Uma situação no mínimo estranha está sendo investigada
pela Polícia Civil de Icoaraci, distrito de Belém. Uma criança, que
havia sido declarada morta, teria dado sinais de vida dentro do caixão,
em seu próprio velório. Segundo o pai, a criança chegou a falar com a
família e pediu água. Na manhã desta terça-feira (5), a família realiza
um protesto em frente ao Hospital Abelardo Santos, onde a criança foi
atendida.
De acordo com a família, o caso aconteceu ainda na madrugada do sábado
(2), na casa onde morava, na ilha de Cotijuba. O menino Kelvin Santos,
de 2 anos e três meses, declarado morto por médicos do Hospital Abelardo
Santos, em Icoaraci, na sexta-feira (1º), deu os primeiros sinais de
vida. 'A tia dele percebeu que ele ainda estava respirando e, um pouco
depois, abriu os olhos', disse o pai, o agricultor Antônio Santos,
afirmando que os primeiros sinais de vida foram percebidos por volta das
0h40.
Depois disso, segundo o pai, a criança teria retornado a
um estado imóvel, como se estivesse realmente morta. O velório então
seguiu seu curso até por volta das 15h, quando outra situação inesperada
aconteceu. Segundo o pai, o menino levantou do caixão e disse 'Pai,
quero água', relatou. Ainda assustado com o fato, Antônio tentou levar o
médico do posto de saúde da ilha até sua casa, mas como não conseguiu,
levou a criança, desacordada, até a unidade de saúde, onde foi avaliada.
'O médico garantiu que ele estava morto', lamentou o pai.
Diante
do fato, o pai resolveu esperar mais uma hora, pois o enterro estava
marcado para às 16 horas, na esperança de que o menino acordasse, o que
não ocorreu. O menino então foi sepultado no cemitério de Icoaraci. O
pai responsabiliza o Hospital Aberaldo Santos pela avaliação da criança.
Ele registrou uma ocorrência policial na delegacia de Icoaraci para
esclarecer o caso.
O caso - O pai do menino denuncia que
houve erro na avaliação do filho. A criança, atendida no Hospital
Abelardo Santos, com pneumonia, na sexta-feira (1º), teria sido
submetida a excessivas aplicações de aerossol, o que teria provocado uma
parada respiratória. 'Ele fez 4 aplicações, sendo que na terceira disse
que não estava aguentando e pediu pra parar. Quando fui falar com o
médico, ele disse que tinha que fazer devido a gravidade do caso',
contou o pai.
Em seguida, segundo o pai, a criança teve uma
parada respiratória e foi encaminhada à sala de reanimação, por volta
das 19h30. Quinze minutos depois, os médicos informaram que o menino
havia falecido. 'Já o trouxeram dentro de um saco plástico dizendo que
teve parada respiratória', lamentou o pai.
Na guia de sepultamento da criança consta como causa da morte insuficiência respiratória, desidratação e broncopneumonia.
Outro lado-
Em nota da Secretaria Estadual de Saúde, a Direção do Hospital Regional
Abelardo Santos (HRAS) informou que o paciente K.S.S., de dois anos e
sete meses, procedente da ilha de Cotijuba, foi internado às 15h34 da
última sexta-feira (1º), com quadro de febre há cinco dias e falta de ar
há três dias. Ele estava acompanhado do seu pai, Antonio Carlos F. dos
Santos. O menino foi examinado pela médica de plantão, que constatou
desidratação e pneumonia, solicitando exames de laboratório e raio-X.
Ainda
segundo a Sespa, às 19h30, a plantonista da noite foi chamada para
atender a criança com parada cardiorrespiratória. O paciente foi levado à
sala de graves, onde passou por procedimentos de reanimação, porém sem
sucesso. O óbito foi constatado às 19h40. A declaração de óbito aponta
como causa da morte insuficiência respiratória, broncopneumonia e
desidratação.
Bastante abalado com a notícia, o pai, de acordo
com a Sespa, foi acolhido pelo Serviço Social do HRAS. Na oportunidade,
ele informou que não tinha condições de arcar com o funeral, por isso
foi acionado o auxilio funeral da Fundação Papa João XXIII (Funpapa). A
Sespa informou que o corpo foi liberado às 23h08.
Fonte: notapajos
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