A transferência de traficantes que estavam recolhidos em presídios de São Paulo para outros estados, acabou “irritando” o comando do PCC. Inconformados por não terem sido “avisados” das transferências dos comparsas, eles agora querem que “matem policiais do Nordeste”.
A onda de atentados contra policias militares que vem ocorrendo em São Paulo deve chegar ao nordeste nos próximos dias, segundo investigação pelo serviço de inteligência da Policia Civil da Bahia.
A informação está sendo divulgada através de mensagens de texto que estão sendo enviadas a todos os policiais militares dos estados do Nordeste. Isso tem gerado um clima de intranquilidade entre os PMs, principalmente em Sergipe onde o numero desses militares é muito reduzido.
A mensagem diz que “informações da PC da Bahia dão como certa a ordem do PCC para atacar policiais militares do Nordeste em retaliação à transferência da cúpula da quadrilha”, diz o e-mail enviado a um policial militar do estado de Sergipe. O remetente do e-mail pede ainda que este seja enviado para outros militares.
Isso acabou gerando certo constrangimento e preocupação dentro da classe militar. “Eu sou um policial militar e embora seja evangélico, não posso aceitar uma situação dessas. Afinal de contas eu ganho para proteger o cidadão, e agora, quem vai me proteger? Quem vai proteger os nossos irmãos militares?”, questionou um sargento da PM que recebeu o e-mail.
Outro policial, ao tomar conhecimento da situação ficou ainda mais preocupado. “Se realmente isso for confirmado, todos os policiais militares de Sergipe correm risco de perder a vida. O numero de PMs em nosso estado é muito pequeno. Alem disso, nós teremos que enfrentar um inimigo desconhecido. Enfim, esses marginais que são extremamente perigosos, são transferidos de São Paulo para outros presídios e quem vai pagar as contas somos nós?’, questionou um oficial”.
Em São Paulo, os assassinatos a policias têm chamado à atenção de autoridades internacionais. Tudo teria começado quando em 28 de maio, policiais da Rota mataram seis suspeitos de pertencerem a uma facção que se reuniam no estacionamento de um bar na favela Tiquatira, na região da Penha, Zona Leste. Em junho, como represália, 11 policiais foram assassinados, quase o dobro do mês anterior (em todo estado, foram registrados 92 homicídios dolosos a mais).
Munir Darrage
Fonte: Plenário
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