Os postos comunitários da Polícia Militar instalados nos bairros de Mossoró estão desativados. As unidades encontram-se deterioradas, o que, segundo a população, tem gerado insegurança. No total, oito bases estão sem funcionar na cidade.
De acordo com o major Correia Lima, comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), os três postos abrangidos pela sua guarnição, localizados nos bairros Bom Jesus, Sumaré e Vingt Rosado, estão fechados devido à precária estrutura física que atualmente é constatada nas unidades.
"Eu não tenho condições de colocar policiais nos postos sem antes ser realizada uma reforma nesses locais, projeto esse que já está em desenvolvimento pelo Governo do Estado. Mas é importante frisar que o meu efetivo está fazendo rondas ostensivas nas ruas, nos bairros", justifica.
Ainda segundo o major, além da reforma na estrutura física dos prédios, é necessário também que haja uma recomposição do efetivo, para que os postos sejam reativados. "Eu tenho efetivo para ocupar os postos, mas teria que tirar policiais das ruas. Então acredito ser melhor deixá-los nas ruas do que colocá-los em uma estrutura que precisa passar por uma reforma", explica o major.
Comandante da 3ª Companhia de Polícia Militar, órgão vinculado ao 2º BPM (Batalhão responsável pelos postos dos bairros Paredões, Santo Antônio, Abolição, Santa Delmira e Belo Horizonte, também fechados), o tenente Diomedes explica que a desativação dos postos é resultado também de um processo de evolução do tipo de policiamento que era feito na cidade. "É preciso explicar para a população que o policiamento mudou, se tornou mais dinâmico, apresentando mais resultados do que apenas dois policiais presos nas bases comunitárias", conta.
Conforme o tenente, a distribuição dos policiais através das Rondas Ostensivas, viaturas pelos bairros, permite que os militares cheguem mais rápido às ocorrências. "A sociedade precisa enxergar isso. Hoje nós vivemos em uma cidade com uma dinâmica diferente de cinco anos atrás, quando a população se sentia mais segura com a presença de policiais nos postos comunitários", diz Diomedes.
O comandante da 3ª CPM destaca ainda que, se houver policiais disponíveis, as unidades dos bairros serão reativadas. "Havendo policiais, vamos empregá-los de toda maneira. Nunca nosso efetivo é suficiente, assim como nunca será suficiente o número de médicos e professores, por exemplo", conclui.
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