O Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, apresentado pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) apresentou outro dado alarmante com relação aos homicídios no Rio Grande do Norte. O estado está entre os 4 que apresentam um aumento superior a 200% no número de assassinatos cometidos contra negros, todos no Nordeste brasileiro. O RN lidera o ranking com o crescimento de 266,1% no número de crimes fatais contra afro-descendentes. O segundo colocado é a Bahia, com 266,7%.
O número de assassinatos contra brancos também subiu no Estado, porém não na mesma proporção. Na última década, o crescimento do índice de assassinatos a brancos também subiu no RN.
A média no RN em 2011 é de que para cada 100 mil habitantes jovens negros, 91,6 são mortos. Colocando o estado na nona colocação neste quesito comparado aos demais.
Mulheres também tiveram uma elevação na incidência de assassinatos cometidos contra elas. De 2001 a 2011 teve um aumento de 191,7% de crimes, mais que o dobro da década anterior. Mais uma vez o Rio Grande do Norte está na ponta da tabela com relação aos demais Estados da federação, ocupando a terceira posição, atrás da Bahia e da Paraíba. O fator da campanha do desarmamento não surtiu tanto efeito quando aos crimes cometidos contra este gênero, pois “fundamentalmente a maior carga de domesticidade deste tipo de assassinato e menor uso relativo de armas de fogo” destaca o relatório.
Em todo o país alguns pontos foram levados em consideração pelo Mapa da Violência 2013, com relação as atentados contra o gênero feminino. Em 2011, 70.270 mulheres foram atendidas pelo SUS, 71,8% das agressões aconteceram no próprio domicílio da vítima. Em 43,4% do casos o agressor foi um parceiro, ou um ex-companheiro, já em 19,8% dos casos os acusados são os pais, e em menor proporção são os irmãos ou filhos com 7,5% dos crimes.
Secretário Aldair quer combater criminalidade com ações sociais
O secretário estadual de Segurança Pública, Aldair da Rocha, também se pronunciou sobre o levantamento do Mapa da Violência. O gestor alegou que o envolvimento dos jovens “cada vez mais cedo com a criminalidade, é uma realidade em vários pontos do mundo”. Esse problema não deve ser combatido somente com ações de segurança pública, mas também atividades socioeducativas, as quais devem contar com a participação de gestões municipais, estaduais e federal, numa integração ampla e preventiva. “Não adianta querer combater o crime, sem antes desenvolver ações sociais competentes”, avaliou.
O secretário ressaltou que os dados apresentados ontem são desde 1980 até 2011, porém, disse, “é importante lembrar que somente a partir de 2011 o Rio Grande do Norte trata seus dados estatísticos da Segurança Pública de forma científica, com a implantação da Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal. Antes, o trabalho era apenas estatístico, o serviço feito era um levantamento empírico sem nenhum estudo especializado. E de posse destes dados, devem ser definidas as ações de combate ao crime.
Jornal de Hoje
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