Omossoroense
Estudo realizado pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania (Cedhuci) e divulgado na imprensa, na semana passada, aponta que somente este ano no Rio Grande do Norte já foram registrados pelas polícias civil, militar e Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) 679 homicídios. A soma dos assassinatos corresponde ao período compreendido entre1º de janeiro até a manhã da quarta-feira (21).
Com base nos números apresentados pelo Cedhuci, o município de Mossoró contribuiu com pouco mais de 10% dos homicídios, uma vez que neste mesmo período foram contabilizadas 68 mortes provocadas por disparos de arma de fogo e arma branca, nas zonas urbana e rural.
Segundo o delegado Denys Carvalho da Ponte, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil, tanto os números estaduais, quanto os que se referem a Mossoró, divulgados pelo Cedhuci, são bastante alarmantes e, em outras circunstâncias deveriam ser bem mais reduzidos. "Hoje, devido a proporção que ganhou, os homicídios estão em alta em todo o Brasil e nessa situação o RN não poderia ser diferente, devido as carências que os órgãos de segurança pública sofrem. Assim como em Mossoró, a somatória de assassinatos deveria ser mais branda", destacou o delegado.
Para Denys Carvalho, a grande incidência de mortes provocadas por arma de fogo ou arma branca decorre de uma série de fatores que deveriam ser combatidos pela sociedade de uma forma geral. "O problema da violência que a sociedade enfrenta com o alto número de crimes, decorre de vários fatores: da droga, da ausência da família em acompanhar os filhos, da morosidade do Judiciário, da falta de estrutura das polícias, da facilidade em se adquirir armas e por aí vai. Toda essa problemática tem que ser combatida em conjunto e não só apenas pelos os órgãos ligados ao Estado. A família tem sua parcela de culpa também", destacou.
Segundo o psicólogo João Valério Alves Neto, em recente entrevista ao jornal O Mossoroense, a família e a escola têm um papel fundamental no combate à criminalidade. "Se a família realizar seu papel diante da sociedade, educando e orientando os filhos em padrões de respeito, apontando o certo e o errado, vamos ter um cidadão com tudo para dar certo na vida. Assim como a escola, que também pode aprimorar o indivíduo, e torná-lo uma pessoa ética e com objetivos definidos na vida. Porém, o que se ver é, em muitos casos, a família ausente e a escola omissa, fazendo com que o indivíduo trace seu próprio caminho e se envolva desde cedo com coisas e companhias erradas", explicou.
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