VEJA O VÍDEO..
Nas redes sociais, internautas compartilham um vídeo da reunião realizada na quinta-feira, 10, em que o mastologista e médico do trabalho aposentado Carlos Alberto se exalta e denuncia os problemas enfrentados pelo Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) durante reunião com o diretor da unidade, Jarbas Mariano, e o secretário de Estado da Saúde Pública, Ricardo Lagreca.
Revoltado, o médico afirma que o HRTM é um curral, de onde, todos os dias, sai “uma carreira de gente para enterrar”.
“Se eu soubesse que aqui era assim, eu teria levado meus familiares para Natal. Isso aqui é uma merda. Vocês não são dignos de estar neste serviço, onde todo dia sai uma carreira de gente para enterrar. Aí a gente chega aqui dentro, nesse curral. Se fosse a tua mãe, Lagreca, e a tua sobrinha, tu não aceitava isso não, porque tem dinheiro para bancar. Eu tenho dinheiro para bancar, mas nem isso tem aqui em Mossoró”, declara.
Contactado, o diretor do HRTM informou que o médico do vídeo não pertence ao quadro do hospital e está com um familiar idoso internado na unidade esperando por uma vaga em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pois todos os que a unidade dispõe estão ocupados.
A Sesap emitiu nota oficial tratando sobre o assunto.
“Em virtude de um vídeo que circula nas redes sociais, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tem a esclarecer o seguinte.
Em reunião com representantes do Sindicato da Saúde e a diretoria do Hospital Tarcísio Maia (HRTM), ocorrida nesta quinta-feira (10), em Mossoró, o secretário Ricardo Lagreca afirma que foram ouvidas e valorizadas as diversas dificuldades existentes no momento atual, em que todos os hospitais recebem uma demanda excessiva por conta principalmente do quadro epidemiológico nacional e que repercutem fortemente na rede pública hospitalar.
Diante da situação é natural que nestes momentos existam questionamentos mais incisivos, que uma vez explicados demonstram o grande empenho do Governo em resolver todos os problemas”.
– Mossoró precisaria de 30 novos leitos de UTI para atender demanda
Jarbas Mariano ressalta que a falta deste tipo de leito é um problema enfrentado tanto pela rede pública quanto pelos hospitais particulares e que, hoje, Mossoró precisaria de mais 30 leitos de UTI novos para atender à demanda dos mais de 60 municípios que recorrem aos serviços médicos da cidade.
“Infelizmente, no próprio relato do nosso colega, ele afirma que não conseguiu UTI nem na rede privada. O problema da falta destes leitos tem se agravado nos últimos anos, pois o Governo Federal desativou mais de 14 mil leitos de UTI em todo o país. Se, juntando a rede pública e privada, Mossoró tivesse mais 30 leitos de UTI, seria o suficiente para atender à demanda”, explica.
Omossoroense
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