Depois de 15 dias submerso, vindo do Rio de Janeiro, atracou no porto de Natal, no dia 10 de março, o submarino Tapajó, terceiro construído no Brasil, onde ficará até o próximo dia 15. De Natal, seguirá para San Juan (Porto Rico), onde chegará após 25 dias de viagem. Não está aberto à visitação pública.
O Tapajó participará de uma comissão com a Marinha dos Estados Unidos, com duração de seis meses. Segundo o comandante do submarino, capitão de Fragata Horácio Cartier, no período da comissão serão realizados adestramentos de guerra.
"É uma contribuição para o Poder Naval brasileiro realizar exercícios com a Marinha mais poderosa do mundo". O submarino pertence à força de submarinos da Marinha, que atua no combate e em patrulha oceânica.
Segundo o assessor de Comunicação Social do Comando do 3º Distrito Naval, capitão de Fragata (T) Cleber Ribeiro, o Brasil pertence ao seleto grupo de países que operam com submarino e, mais, constrói e faz manutenção. "Em breve teremos o primeiro submarino de propulsão nuclear a patrulhar a nossa Amazônia Azul", destaca.
O SUBMARINO
Em 1979, dentro do Programa de Reaparelhamento da Marinha, iniciou-se o estudo para a definição do tipo de submarino a ser adquirido, tendo sido escolhido o de origem alemã IKL 209-1400, projetado pela firma IngenieurKontorLubeck (IKL) e construído pelo estaleiro HowaldtswerkeDeustcheWerft (HDW).
O submarino Tapajó, o terceiro construído no Brasil, teve o seu casco fabricado na Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A (Nuclep), e o seu nascimento só foi possível com o esforço de engenheiros, técnicos e operários brasileiros do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
O grande poder ofensivo desse submarino se baseia na capacidade de lançar seus torpedos guiados a fio a longas distâncias. Conta para isso com oito tubos de torpedos.
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