Receosos, alguns pescadores resolveram atracar seus barcos na Ponta do Santo Cristo, mais ao Sudoeste e onde as ondas são menos revoltas. "Outros decidiram dormir em seus barcos", acrescentou Maria Ilza da Silva, presidente da Colônia de Pescadores de São Miguel do Gostoso. "A maior parte dos barcos são antigos e não resistem a ondas tão fortes. Estamos com medo porque amanhã as ondas devem vir mais fortes. Vai ser lua crescente", previu ela.
Os barcos encalhados ou virados trazem danos irrecuperáveis aos pescadores. "Estou calculando meu prejuízo em R$ 30 mil. Não sobrou nada. Tudo se perdeu, do motor à tabuação. Vou trabalhar para comprar um novo", relatou Jorge Luiz Souza da Silva, também conhecido como Luiz Badalé, dono da embarcação "Elaine Beatriz", de 3 toneladas. O barco motorizado virou na praia e precisou ser rebocado. Luiz trabalha em alto-mar com o auxílio de três pescadores. Nesta terça-feira o trabalho se concentrou no desmonte do barco, uma vez que os prejuízos são irreparáveis.
São Miguel do Gostoso tem aproximadamente 80 embarcações, entre jangadas, baiteiras e botes motorizados.
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