Polícia Civil amarga estrutura precária. |
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Redução na cota de combustível, viaturas paradas por falta de pneu, redução nas equipes plantonistas, falta de policiais civis, limitação da velocidade da internet nas unidades policiais, entre outros problemas. Esta é a política da segurança pública do Governo do Rio Grande do Norte nas delegacias da capital e do interior, que tem de amargar a precariedade e fazer o trabalho a qualquer custo.
Em Mossoró, a estrutura que a Polícia Civil dispõe parece ainda pior do que no resto do Estado, uma vez que as DPs funcionam bem abaixo de sua capacidade e os agentes e delegados têm de acumular funções para que o trabalho possa ser desenvolvido.
Para se ter uma ideia da dimensão dos problemas enfrentados pelos delegados, das 10 delegacias civis existentes na cidade, cinco estão sem escrivão e os delegados ou agentes têm de acumular o serviço. Dessa forma, outras áreas, como investigações e operações, ficam descobertas.
"Aqui o agente e o delegado são multiuso, temos que desenvolver outras habilidades além das nossas funções. Temos que ser agente, escrivão, investigador e faxineiro, isso mesmo faxineiro, pois a limpeza na maioria das unidades é feita apenas uma vez por semana e para não trabalharmos dentro do lixo e usarmos banheiros sujos acabamos fazendo o serviço extra, além de nossas atribuições", explicou um investigador.
De acordo com o investigador, além de toda esta situação, a parte estrutural também está comprometida e falta material de expediente para o trabalho diário. "Tem dia que na minha unidade falta até papel para confeccionar os Boletins de Ocorrência, que para não parar o serviço "fazemos uma vaquinha" e compramos o material", destacou.
Já um delegado que acumula funções em mais de uma delegacia, explicou que a situação é precária nas duas unidades que responde atualmente. "Não há condições ideais de funcionamento em nenhuma DP, a situação é precária em todas as delegacias de Mossoró e do Rio Grande do Norte. Falta estrutura para a Polícia Civil trabalhar", destacou.
Em contato com o delegado Denys Carvalho, titular da Delegacia Regional da Polícia Civil de Mossoró, o problema da falta de pessoal se agravou ainda mais agora no mês de julho, devido os 21 funcionários (delegado, escrivão e agente) estarem de férias, que se somou a mais 31 baixas no quadro pessoal, causado por aposentadoria e transferências, que ocorreram no final do ano passado.
"Já temos um quadro de funcionários que funciona no limite e ultimamente tivemos várias transferências, aposentadorias e muita gente de férias. Então com isso, nosso quadro fica reduzido para funcionar como deveria ser", destacou.
O delegado espera que no próximo mês, quando a maioria dos que estão de férias retornar a suas funções, haja um equilíbrio em algumas delegacias. "Só teremos a situação resolvida em definitivo quando forem chamados os concursados, até lá teremos que nos desdobrarmos para fazer o nosso trabalho", concluiu o delegado.
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