Rio – A suspeita de um plano para matar o
delegado Eduardo Freitas, da Polícia Civil, levou dois agentes da
instituição para a cadeia. Câmeras do circuito-interno de churrascaria
na Barra da Tijuca, Zona Oeste, registraram a ação da dupla supostamente
arquitetando emboscada.
Ricardo Perrota, o Ricardinho, que é
condenado a cinco anos por ter sido flagrado com arma raspada, mas tinha
autorização para sair do Instituto Penal Cândido Mendes, teria seguido
os passos de Eduardo Freitas no restaurante durante quatro horas, no dia
13. Imagens mostram o que parece ser outro agente, Marcos Gomes da
Silva, o Marquinhos, indicando o delegado para ele.
Com base nas imagens e registro na 16ª
DP (Barra da Tijuca) por coação no curso do processo, o juiz da 33ª Vara
Criminal, Rodrigo Meano, decretou a prisão preventiva da dupla. Eduardo
Freitas, Ricardinho e Marquinhos ficaram em lados opostos em 2009. À
época, Freitas era titular da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados
(DDSD) quando a dupla foi investigada por envolvimento com quadrilha
especializada em clonar cartões em caixas eletrônicos. Hoje, Freitas é
testemunha contra a dupla na Justiça.
Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça permitiram que o bando fosse desbaratado, e os agentes, presos pela Corregedoria da Polícia Civil, na operação batizada de Traidor, em 2010. Ricardinho, mesmo condenado por outro crime, e Marquinhos ganharam o direito de responder o processo em liberdade.
Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça permitiram que o bando fosse desbaratado, e os agentes, presos pela Corregedoria da Polícia Civil, na operação batizada de Traidor, em 2010. Ricardinho, mesmo condenado por outro crime, e Marquinhos ganharam o direito de responder o processo em liberdade.
No dia 13, Ricardinho e Marquinhos
chegaram à churrascaria por volta do meio dia. Eduardo Freitas
frequentava o lugar três vezes por semana. Uma hora depois, o delegado
apareceu para almoçar. Freitas reconheceu os dois policiais que estavam
acompanhados de um homem ainda não identificado. Na saída, por volta das
14h30, o delegado percebeu que Marquinhos o apontara para Ricardinho,
que o seguiu até próximo de seu carro.
O policial decidiu voltar ao restaurante
quando percebeu que fora observado pelo delegado. Os policiais deixaram
o local às 16h. Procurado por O DIA, Freitas não comentou o caso.
Ricardinho e Marquinhos estão presos em Bangu 8, no Complexo de
Gericinó.
Denunciados por formação de quadrilha, furto e escutas ilegais
Em 2009, Ricardinho, Marquinhos, o
bombeiro Mozart Leiroz de Souza foram flagrados em escutas telefônicas
que indicaram envolvimento deles com quadrilha especializada em clonar
cartões de caixas eletrônicos na Região dos Lagos.
Em dezembro daquele ano, Ricardinho,
Marquinhos e Mozart foram denunciados com 12 pessoas por formação de
quadrilha e furto qualificado e escutas ilegais pelo promotor Alexandre
Murilo Graça, do Ministério Público.
Ao ser preso pela Corregedoria da
Polícia Civil na operação Traidor, Ricardinho estava com arma raspada.
Pelo crime, foi condenado a cinco ano de prisão.
A Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária informa que Ricardinho cumpria pena em regime semiaberto
com autorização para trabalhar, da Vara de Execuções Penais, desde de
fevereiro. Ele saía do Instituto Penal Cândido Mendes de terça-feira a
sexta-feira, das 6h às 20h, e sábados e domingos, das 6h às 18h.Amigos da Caserna/O Dia
Blog da Força Tática
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