quarta-feira, 4 de julho de 2012

Itep leva 16 horas para recolher corpo e família pretende acionar a Justiça alegando danos morais

Corpo_de_Leandro_so_foi_necropsiado_a_noiteO Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) de Mossoró levou 16 horas para recolher o corpo do servente de pedreiro Leandro Ferreira da Silva,19, encontrado às 6h da última segunda-feira, em uma estrada carroçável, só sendo removido do local, às 22h. Diante do desrespeito, a família da vítima pretende acionar a Justiça contra o Itep por danos morais.
De acordo com o pedreiro Valmir Ferreira da Silva, pai do rapaz assassinado, durante o tempo em que o corpo do filho permaneceu no local do crime alguns familiares se desesperaram e queriam remover o cadáver sem o consentimento do Itep, só não o fizeram porque policiais militares não permitiram.
"Foi uma coisa muito grave e desrespeitosa com a dor da família, que ficou sem poder fazer nada e sem ter a quem recorrer. Vamos acionar a Justiça para que outras famílias não passem pelo mesmo constrangimento", disse o pedreiro.
Para aumentar ainda mais a revolta da família, o corpo de Leandro Ferreira ao ser recolhido só foi liberado para o sepultamento na madrugada de ontem, por volta das 3h, que devido à falta de produtos do Itep teve de ser sepultado pela manhã. "Minha irmã teve de comprar formol para levar ao Itep, porque a quantidade que tinha lá não era suficiente para conservar por mais algumas horas", destacou Valmir Ferreira.
Por volta das 8h de ontem, familiares sepultaram o corpo de Leandro Ferreira no Cemitério Novo, localizado às margens da BR-304. 
Itep
A reportagem do O Mossoroense tentou em vão falar com o diretor do Itep, Valentim Martins, para tentar entender o porquê da demora no recolhimento do corpo. Entretanto, um funcionário do órgão explicou que a lentidão teria sido ocasionada por não ter peritos escalados para trabalharem na segunda-feira. Uma alteração na escala, determinada pelo diretor-geral do Itep, Nazareno de Deus, modificou os plantões e alguns dias da semana ficarão sem peritos.
Para recolher o corpo do servente foi preciso um perito de Natal se deslocar a Mossoró e realizar o serviço.
Ontem à tarde, o diretor se reuniu com representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed) para tentar solucionar o problema.

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