O
Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) de Mossoró levou 16
horas para recolher o corpo do servente de pedreiro Leandro Ferreira da
Silva,19, encontrado às 6h da última segunda-feira, em uma estrada
carroçável, só sendo removido do local, às 22h. Diante do desrespeito, a
família da vítima pretende acionar a Justiça contra o Itep por danos
morais.
De acordo com o pedreiro Valmir Ferreira da Silva, pai do
rapaz assassinado, durante o tempo em que o corpo do filho permaneceu no
local do crime alguns familiares se desesperaram e queriam remover o
cadáver sem o consentimento do Itep, só não o fizeram porque policiais
militares não permitiram.
"Foi uma coisa muito grave e desrespeitosa
com a dor da família, que ficou sem poder fazer nada e sem ter a quem
recorrer. Vamos acionar a Justiça para que outras famílias não passem
pelo mesmo constrangimento", disse o pedreiro.
Para aumentar ainda
mais a revolta da família, o corpo de Leandro Ferreira ao ser
recolhido só foi liberado para o sepultamento na madrugada de ontem, por
volta das 3h, que devido à falta de produtos do Itep teve de ser
sepultado pela manhã. "Minha irmã teve de comprar formol para levar ao
Itep, porque a quantidade que tinha lá não era suficiente para conservar
por mais algumas horas", destacou Valmir Ferreira.
Por volta das 8h
de ontem, familiares sepultaram o corpo de Leandro Ferreira no Cemitério
Novo, localizado às margens da BR-304.
Itep
A reportagem do O Mossoroense tentou em vão
falar com o diretor do Itep, Valentim Martins, para tentar entender o
porquê da demora no recolhimento do corpo. Entretanto, um funcionário do
órgão explicou que a lentidão teria sido ocasionada por não ter peritos
escalados para trabalharem na segunda-feira. Uma alteração na escala,
determinada pelo diretor-geral do Itep, Nazareno de Deus, modificou os
plantões e alguns dias da semana ficarão sem peritos.
Para recolher o corpo do servente foi preciso um perito de Natal se deslocar a Mossoró e realizar o serviço.
Ontem
à tarde, o diretor se reuniu com representantes da Secretaria Estadual
de Segurança Pública (Sesed) para tentar solucionar o problema.
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