sábado, 3 de maio de 2014

Acidentes de trânsito envolvendo distrações com uso de celular tornam-se mais frequentes

Usar celular ao dirigir é tão perigoso quanto a combinação álcool e direção
Cada vez mais tem se tornado comum o registro de acidentes e infrações de trânsito relacionados diretamente ao uso de telefones celulares. Com o advento dos chamados aparelhos Android, que possuem infinita disponibilidade de aplicativos e funções que promovem a interatividade do usuário com o aparelho ou com terceiros, os acidentes se potencializaram, demandando mais riscos e cuidados em frente ao volante. 
De acordo com pesquisas divulgadas pelo Ministério das Cidades, órgão do Governo Federal, a utilização do celular é uma das principais causas de distração no trânsito e aumenta o risco de acidentes em até 400%, e os principais registros são de atropelamentos e colisões entre veículos. 
De acordo com Carlos Kleber, patrulheiro da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a preocupação com o uso indevido do celular tem se tornado maior, inclusive nas BRs, onde o índice de flagrantes é numericamente menos do que dentro das cidades. Ele comenta que uma das dificuldades na hora de contabilizar esse tipo de infração é que a maioria dos condutores nega o uso indevido do celular após os acidentes. 
"Em geral o condutor sempre nega que estava usando o celular, depois que o acidente ocorre é mais fácil ocultar a motivação, mas já chegamos ajudar uma pessoa acidentada e ao verificarmos a situação descobrimos que ele estava no meio de uma mensagem, através de um aplicativo de interação", comenta o patrulheiro. 
Carlos explica que um dos agravantes do uso do celular é que o assunto debatido nas conversas, seja via mensagem ou por áudio, permanece no imaginário do condutor por vários minutos após o termino do diálogo, o que torna o risco maior. "O assunto conversado pode mexer emocionalmente com o condutor, e isso tem uma consequência muito ruim sobre o condutor", explica. 
Ele ainda retifica a informação divulgada através de pesquisas de que o uso do celular é tão prejudicial aos motoristas quanto ao uso de álcool. Ele explica que a Lei Seca e o uso do bafômetro restringiram ao máximo o uso de bebida alcoólica ao volante, mas que isso acaba tendo um resultado controverso. 
"A medição do bafômetro é um tanto quanto subjetiva, já que ele aponta até mesmo quem ingeriu o mínimo de bebida. No caso do celular, todas às vezes, independente da situação, ele atrapalha de forma muito incisiva a concentração do condutor. Ouso dizer que seu uso é mais prejudicial do que da bebida, se consumida em baixa quantidade", conclui o patrulheiro.

Aplicativo ajuda a evitar distrações ao volante

O Ministério das Cidades, preocupado com os números crescentes de acidentes relacionados ao uso do celular, lançou um aplicativo para aparelhos Android que auxilia condutores, evitando distrações ao volante. Chamado de "Mãos ao volante", a ferramenta coibe o uso do aparelho por motoristas. 
O aplicativo impede que o motorista atenda o celular, enquanto estiver dirigindo, uma vez que o aparelho não toca. As pessoas que tentarem ligar ou enviar mensagens perceberão que as tentativas serão canceladas. Automaticamente será enviada uma mensagem explicando o motivo do cancelamento das tentativas de contatos. O condutor poderá checar suas informações perdidas ao final da viagem. 
A ferramenta encontra-se disponível gratuitamente na loja virtual de uma importante distribuidora de ferramentas para celulares. Além disso, o governo ainda lançou, em 2013, o aplicativo "Rotas das Cidades", que ajuda os motoristas a planejarem sua rota de viagem para evitar constrangimentos no trânsito.
Omossoroense

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