quarta-feira, 8 de maio de 2013

Caso Roberto do Detran a pedido do defensor público, julgamento de Alex Bandeira fica para o dia 24 deste mês


Mais um capítulo de um dos crimes de homicídio mais comentado na mídia mossoroense. O defensor público Paulo Maycon pediu o adiamento do julgamento do comerciante Francisco Alex Bandeira Alves, de 32 anos, que seria realizado hoje no Fórum Municipal Silveira Martins, em Mossoró, alegando que não tem pleno conhecimento do conteúdo do processo.

Alex Bandeira é denunciado pelo Ministério Público Estadual por ter contratado pistoleiro para matar Roberto Nunes Freitas de Sousa, o Roberto do Detran, fato este ocorrido na Pizzaria Forno à Lenha, no bairro Nova Betânia, no dia 28 de dezembro de 2002.
O promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro não concordou com o defensor público Paulo Maycon e defendeu que o julgamento fosse realizado, considerando que o réu, Alex Bandeira, já tinha advogado contratado e que haveria um prejuízo para a sociedade em não julgá-lo nesta quarta-feira.
O presidente do Tribunal do Júri Popular, o juiz Henrique Baltazar Vilar dos Santos, observando que a defesa do réu estava prejudicada e que isto poderia terminar por anular o júri, o que seria um prejuízo ainda maior para a sociedade, decidiu por adiar o julgamento para o dia 24 deste mês. Já deixou todos intimados para o julgamento.

O caso:

Inicialmente o Ministério Público Estadual denunciou, com base na investigação policial, os irmãos Alex Bandeira Alves, Máspole Alves Bandeira e Cristian Bandeira Alves, também Kelson de Oliveira Santana, José Ancarlo de Oliveira e Erickson Azevedo de Vasconcelos, por contratar e ajudar o pistoleiro Francisco Benício, o Neto Galego, a matar Roberto do Detran.
Os irmãos bandeira teriam mando matar Roberto do Detran por acreditar que este estaria envolvido no assassinado da mãe deles, Antônia Aglaide Bandeira Alves, 40 dias antes da execução de Roberto do Detran, no dia 28 de dezembro de 2002. Roberto do Detran estava com a namorada e o pistoleiro chegou por trás e atirou na cabeça, matando-o no local.
Na época do crime, Alex Bandeira fugiu. Os demais terminaram presos e levados a júri popular, sendo os mandantes primeiro. Em seguida foi Neto Galego e/ou Mago Neto. Do primeiro julgamento, os réus foram absolvidos. No julgamento do pistoleiro, uma grande surpresa no Tribunal do Juri Popular. Alex Bandeira apareceu e assumiu autoria dos disparos.
Prestou depoimento assumindo que não contratou pistoleiro coisa nenhuma, que ele mesmo tinha efetuado os disparos. Diante das declarações surpreendentes, o pistoleiro Neto Galego foi absolvido e 30 dias depois apareceu morto. Em 2008, Alex Bandeira foi levado a julgamento e foi absolvido. Assim como os outros julgamentos, o promotor recorreu da sentença.
Alex Bandeira seria levado a novo julgamento nesta quarta-feira, dia 8, no Fórum Silveira Martins, mas ficou sem advogado para atuar em sua defesa e o defensor público Paulo Maycon foi convocado, que, por não ter seu trabalho prejudicado, pediu para adiar para o dia 24 próximo. O presidente do TJP, juiz Henrique Baltazar aceitou o pedido.

Julgamento desta quinta-feira, dia 9

O presidente do TJP Henrique Baltazar, ao encerrar os trabalhos, convocou os jurados para se fazerem presentes às 8h desta quinta-feira, dia 9, no Auditório do Fórum Silveira Martins para julgar Gilberto de Lima, acusado de no dia 26 de abril de 2006, às 23h, no interior do Complexo Penal Estadual Agrícola Dr. Mário Negócio, no pavilhão k-6, ter matado a tiros o apenado José Leite Filho. O julgamento deve começar às 9h. Os trabalhos serão presididos pelo juiz Henrique Baltazar, o Ministério Público será representando pelo promotor Ítalo Moreira Martins e a defesa do réu será feita pelo advogado José Galdino da Costa.

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